por Cristina de Amorim Machado
Acabei de marcar a defesa: dia 2 de fevereiro de 2010 às 10 horas.
Quem quiser aparecer será bem-vindo!
Seguem os dados da tese:
Título: O papel da tradução na transmissão da ciência – o caso do Tetrabiblos de Ptolomeu
Resumo:
Esta tese é sobre a história das traduções de uma das obras fundadoras do cânone astrológico helenístico: o Tetrabiblos, escrito em grego, por Claudio Ptolomeu, na Alexandria do século II. Em geral, imagina-se que uma ciência seja transmitida intacta ao longo do tempo, o que legitimaria a autoridade dos textos científicos e de seus autores. À tradução, quando lembrada, cabe um papel secundário na história da ciência; no entanto a difusão da ciência sempre implica tradução ou algum tipo de reescrita. Por tudo isso, a hipótese aqui proposta é de que o Tetrabiblos, como todos os livros científicos antigos que nos alcançaram, caracteriza-se por sua peregrinação e constante transformação no tempo e no espaço, o que revela a sua historicidade. Autores e textos científicos são, pois, constructos históricos, e o que nos resta desses livros são seus rastros, as suas reescritas, algumas mais, outras menos próximas – tanto linguística quanto espaço-temporalmente – das suas escritas originais. Nessas andanças por várias línguas e culturas, constituiu-se aquilo que podemos chamar de tradição textual manuscrita e impressa da obra de Ptolomeu. Apesar de cambiante, é a essa tradição que aqui nos remetemos para historiar as origens e os processos de transmissão do Tetrabiblos desde a Antiguidade até o Renascimento. Trata-se, pois, de uma biografia da obra astrológica de Ptolomeu, considerando-se o amálgama entre astrologia e astronomia na época em questão e a ampla circulação desse saber no período helenístico, no mundo árabe e no contexto ibérico, sobretudo a sua repercussão na expansão marítima.
Resumo:
Esta tese é sobre a história das traduções de uma das obras fundadoras do cânone astrológico helenístico: o Tetrabiblos, escrito em grego, por Claudio Ptolomeu, na Alexandria do século II. Em geral, imagina-se que uma ciência seja transmitida intacta ao longo do tempo, o que legitimaria a autoridade dos textos científicos e de seus autores. À tradução, quando lembrada, cabe um papel secundário na história da ciência; no entanto a difusão da ciência sempre implica tradução ou algum tipo de reescrita. Por tudo isso, a hipótese aqui proposta é de que o Tetrabiblos, como todos os livros científicos antigos que nos alcançaram, caracteriza-se por sua peregrinação e constante transformação no tempo e no espaço, o que revela a sua historicidade. Autores e textos científicos são, pois, constructos históricos, e o que nos resta desses livros são seus rastros, as suas reescritas, algumas mais, outras menos próximas – tanto linguística quanto espaço-temporalmente – das suas escritas originais. Nessas andanças por várias línguas e culturas, constituiu-se aquilo que podemos chamar de tradição textual manuscrita e impressa da obra de Ptolomeu. Apesar de cambiante, é a essa tradição que aqui nos remetemos para historiar as origens e os processos de transmissão do Tetrabiblos desde a Antiguidade até o Renascimento. Trata-se, pois, de uma biografia da obra astrológica de Ptolomeu, considerando-se o amálgama entre astrologia e astronomia na época em questão e a ampla circulação desse saber no período helenístico, no mundo árabe e no contexto ibérico, sobretudo a sua repercussão na expansão marítima.
Palavras-chave: Tetrabiblos; Ptolomeu; tradução; astrologia; história da ciência
2 comentários:
Parabéns, Cristina! E eu que achava que Ptolomeu era um personagem do Chico Anísio...
pois... :-)
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