Marcus e eu finalmente terminamos a tradução comentada dos três primeiros capítulos do Tetrabiblos, trabalho realizado em quase quatro anos, no ritmo que nos foi permitido por nossas outras atividades. Não satisfeitos, passamos a tradução para um especialista da UNICAMP revisar, o Flávio, e ele elogiou muito o trabalho, considerando-o relevante e rigoroso. Agora estamos avaliando suas sugestões e dando os retoques finais, numa espécie de revisão da revisão. No próximo ano, vamos nos dedicar a produzir os textos que acompanharão essa tradução. No texto que vou escrever, a minha ideia é apresentar o Tetrabiblos, o Ptolomeu e um pouco do seu tempo/espaço, afinal, um texto é um texto e sua circunstância. Para isso, já adquirimos alguns livros que complementam a bibliografia que usei na tese.
Isso me leva à nossa segunda realização deste ano: recebemos o dinheiro referente ao financiamento do nosso projeto que foi aprovado no ano passado em edital universal do CNPq (quem quiser ver o projeto, ele já foi postado aqui). Com isso, pagamos a revisão, compramos computadores e já estamos orçando um belo rol de livros novos para a nossa biblioteca.
Além do nosso projeto, o Marcus já tem alguns alunos interessados em astrologia helenística, sobretudo o Alan, que está estudando Sexto Empírico. Edil, Holanda e eu tivemos a oportunidade de conhecê-los no primeiro semestre, num seminário em que o Alan apresentou o andamento de sua pesquisa.
Ao longo desse ano, Holanda tornou-se diretor técnico do SINARJ, é um dos responsáveis pelo curso de formação em astrologia na Cândido Mendes, que está com inscrições abertas e começa no ano que vem, e participou da organização do melhor simpósio do sindicato que eu tive a oportunidade de testemunhar. Além dos astrólogos de costume e dos celestinos e simpatizantes Dimitri, Alexey, Fernando, Holanda e Bia, estiveram lá, ao vivo ou em vídeo, Renato Janine, Marcelo Gleiser, Nicholas Campion, Alterives Maciel e Ricardo Kubrusly. Apesar do pouco tempo para discussão, isso já foi um sopro de novos ares, já que esses personagens podem trazer questões interessantes para debate na comunidade astrológica, que normalmente é tão dogmática. Fora isso, o Holanda ainda arruma tempo para a sua tese, que está entrando na reta final.
Falando em tese, a novidade de fim de ano é que o Celório foi aprovado no doutorado da Federal de Pelotas, e o Edil, no mestrado da Federal do Rio.
Enquanto isso, eu continuo aguardando a minha nomeação como docente da UEM (passei em concurso no ano passado e fui convocada em julho deste ano), no mesmo departamento que o Celório. Como ele mesmo disse, deve ser um caso único no mundo: dois astrólogos no mesmo departamento de uma universidade.
Que venha 2012!
Estas são algumas das imagens captadas numa exposição maravilhosa sobre a ciência andaluz, que tive a oportunidade de ver em outubro deste ano no Parque de las Ciencias em Granada. Quem quiser ver mais, entre por aqui no meu blog de viagem.
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